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Trabalho Final de Graduação

      Trabalho Final de Graduação:
Casa de Apoio ao Turismo e à Cultura em 
Itambé do Mato Dentro - MG
Ana Eliza de Araújo Moura
Orientadores: Ezequiel Mendonça Rezende | Sérgio Barros de Salles Coelho | Wesley Siqueira de Castro
Itambé do Mato Dentro é uma cidade de três mil habitantes aproximadamente, que compõe o circuito da Serra do Curral e apresenta riqueza natural e cultural, as quais não são utilizadas na geração de divisas ao município. Essa pesquisa cumpre função, portanto, de estudar como a Arquitetura pode auxiliar no desenvolvimento socioeconômico através da cultura e do turismo. Dessa forma, foram estudados: histórico de formação, obras que poderiam auxiliar na construção do projeto, local para alocar a proposta (o qual foi escolhido pela facilidade de acesso - tanto de visitantes, como de habitantes da cidade - e pela área de 6880m²), efeitos da legislação sobre esse local e, por fim, foi proposto um programa de necessidades criado a partir de toda pesquisa.
Fonte: Wlad Loyola
PROBLEMATIZAÇÃO:
Que proposta arquitetônica pode auxiliar na fomentação do turismo, valorização da
cultura e desenvolvimento econômico da cidade, gerando oportunidade de emprego
e renda para o cidadão, além de contribuir para o seu pensamento de preservação
do patrimônio de Itambé do Mato Dentro, MG?

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Proporcionar para toda a população, de forma democrática, acesso à cultura do
seu município através de um espaço para cursos e oficinas;
• Possibilitar o aprimoramento da cultura artesã e culinária para a população;
• Impulsionar o turismo rural e o ecoturismo na região gerando emprego e renda;
• Incentivar a criação de cooperativas de economia solidária;
• Apoiar o artesão, o turista e o artista com o desenvolvimento de um projeto que
agregue as três funções denominando-se “Casa de Apoio ao Turismo e à Cultura”.

Conceitos e Partidos
Fonte: A autora
Nota:
- Foi observando a paisagem do entorno, a prática cotidiana e os edifícios locais que foi decidido alocar o prédio 2 metros abaixo do nível da rua, dessa forma, o prédio não causaria um impacto visual e nem seria uma barreira da paisagem aos fundos.
Uma praça foi criada na frente do edifício, para que a população usasse o espaço para exposições e feiras, essa praça possui 4 platôs, com diferença de cinquenta centímetros entre si, de forma que vença o desnível entre o edifício e a rua.
O desenho universal está presente nessa praça, que possui rampas amplas que vencem o desnível entre platôs.
O desnível propicia a utilização do platô como assentos, isso foi pensado para que o lugar fosse um lugar para contemplação da natureza.
O próprio edifício se abre para essa praça, como se convidasse o usuário do espaço a entrar ou, apenas se sentar e observar.
Diagrama de Espaços Públicos mostrando a inserção do conceito de "continuidade" no espaço.
O edifício se abre, como se abracasse a praça.
Vista da entrada
Nível da praça que coincide com a entrada do prédio
Nota:
O paisagismo também foi pensado para que o usuário usufruísse do espaço, de forma que na praça e na escada, as árvores escolhidas são espécies que possuem uma folhagem perene que propiciam sombra nesses espaços.
Na trilha, foram escolhidas espécies frutíferas, o que ajuda na utilização do espaço, tanto por habitantes, quanto por visitantes.​​​​​​​

Sobre a planta a seguir:
Esse é o nível térreo, o nível de chegada. Onde estão: estacionamento, sala de exposições e recepção, sala de "aprendiz de turismólogo", auditório, sala do artesão, sala do cozinheiro e biblioteca.
Planta do Térreo
Sobre a planta a seguir:
O nível representado é o subsolo, nele estão o restaurante e a cozinha, a administração, p apoio ao turista, composto por banheiro e cozinha, o espaço para apresentações com o redário e o estacionamento.
As paredes marcadas com cor vermelha são de adobe e as marcadas na cor amarela, de pau a pique.
Esse nível dá acesso à escada e rampa que levam à trilha.
Planta do Subsolo
Diagrama
Nota:
No afastamento do córrego (limite frontal e lateral do terreno) foi criado um espaço para deixar os cavalos do visitantes, por se tratar de uma cidade de interior, andar a cavalo é uma prática comum para se locomover.
Pela legislação, o espaço não poderia sofrer nenhuma alteração permanente (como pavimentação), dessa forma, o espaço foi propício para esse tipo de ocupação já que a única alteração foi a inserção de um cocho para os animais. A área utilizada também foi ideal para a separação entre cavalos inteiros e cavalos castrados.
Alpendre
Nota:
O nome "Casa de Apoio" foi utilizado para que o usuário tivesse a sensação de pertencimento ao local. A partir daí todas as decisões projetuais tiveram esse objetivo: elevar a sensação de pertencer a um local.
Até as nomenclaturas dos espaços têm esse objetivo.
O primeiro local que se tem acesso, depois da praça, é o "alpendre", que é o local em que se recebe visitas, nas casas do interior, é comum se sentar com a visita no alpendre - que é como uma varanda, porém maior - e conversar, olhar a rua... e, pensando nesse clima interiorano, o alpendre do edifício possui bancos (desenhados de forma que seguem a mesma sequência lógica da escada, repetindo o conceito de continuidade) e dá acesso à recepção e sala de exposição.
Essa sala possui painéis de trama de bambu, forro de esteira e piso de cimento queimado. Os peitoris das janelas possuem 45 centímetros de altura e 70 de largura, o que deixa um espaço para que o usuário se assente - outra coisa comum em cidades do interior: sentar nos peitoris das janelas e guarda-corpos das varandas)
Corte Longitudinal - relação com o terreno
Corte Transversal - Telhado colonial com galbo (mudança de inclinação em uma água)
Wall Section 
Maquete e prancha rígida
Observação: Nenhuma imagem foi renderizada, utilizei configurações de imagem no Revit e fiz pequenas intervenções no Photoshop.
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Trabalho Final de Graduação

Trabalho Final de Graduação com utilização de pau a pique e adobe.

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