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OLHARES OCULTOS

OLHARES OCULTOS PAISAGENS PERCEPTÍVEIS 


Ao fazer o registo fotográfico de ambientes naturais e em transformação, este fotógrafo traz como identidade em seu trabalho um olhar documental artístico, em questão propõe criar uma reflexão pelo antagonismo das imagens paralelamente apresentadas.

O público, além de usufruir de momentos hedônicos, pela beleza das paisagens retratadas, a exemplo de  revoada dos pássaros, a refloresta e a  terra sagrada, poderá ultrapassar os momentos contemplativos em uma imersão de apelo ecológico pela preservação e conservação dos ecossistemas, assim como observar a terra desnuda, a guerra do fogo, e silencio e paisagem.

Mato Grosso é desvendado pelo olhar de SANTIAN. Sua exposição traduz a sua concepção dos biomas de Cerrado, Amazônia, Araguaia e Pantanal, uma visão nada tradicional de recepção. Com olhar arguto de quem viveu na região de mata, ele identifica detalhes da natureza, agora imolada pela presença do homem predador.

Se pensar a paisagem como um conceito, um construto cultural, norma, convenção ou regra, ao explicitar temas como As paisagens de resistência, o território as tradições e a imensa devastação da ação do homem, a guerra do fogo e as demarcações de terra, são imagens que nos causam inquietude, antes mesmo de qualquer reflexão a respeito.

O fotógrafo/artista transgride a lei simbólica imposta pelo social e se articula em novas “identidades subjetivas e sociais”. Nessa nova sistemática de mediação, propõe uma relação transversal entre o observador e o território, com a paisagem servindo de instrumento. Sendo assim, a criação da paisagem equivale à criação do sujeito que observa. A paisagem não é uma e sim várias, dependendo da concepção cultural/ideológica de quem a observa e o quanto é instigado por ela.

Ao concebermos a recepção como possibilidade de ver, sentir, cheirar e ouvir, as fotos de SANTIAN, em seus aspectos extremos, nos provocam essas sensações. A amplitude e a qualidade das imagens, a dimensão construtiva da temática e o seu enfoque questionador reverberam como elementos conceituais que possibilitam, sobremaneira, mudanças na forma de perceber e ver o mundo, a partir de então. O estranhamento proposto pelo artista no impacto das imagens causa essas sensações extremas. São fotos com qualidade técnica e de extrema beleza para encher os olhos e animar a alma.


texto por José Serafim Bertoloto

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3 de setembro de 2018
Aldeia Ulupuwene WAUJA, TERRITORIO INDIGENA DO XINGU


A primeira exposição foi realizada no Território indígena do Xingu na aldeia Ulupuwene, durante o ritual do kaimai / kuarup. 




As 20 imagens que compõem o acervo da mostra, são impressos em canvas, as 20 fotos da mostra que ficam na aldeia são para usos didáticos na escola indigena.
 "As crianças Waujá da aldeia Ulupuwene, despertam a imaginação com as formas e cores das imagens apresentadas. Muitas delas estão tendo a primeira experiência em ver uma mostra fotográfica em sua aldeia"






A montagem da mostra foi realizada com ajuda dos Wauja, o corte das peças que serviram de estrutura foram adaptados, as fotos foram amarradas com sizal criando um estética de acordo com as fotos.
Os Wauja traduziram todo texto para lingua ARUAK, ao rever fotos do Kaimai de 2016 eles resgatam memorias.
No dia 6 de Setembro 2018 foi realizada oficina de fotografia na aldeia.







No cotidiano xinguano, um cachorro observa as imagens.

11 de setembro 2018
Santiago do Norte  

Em Santiago do Norte (Paranantinga), a exposição foi montada na Escola Municipal do Campo  Alcides Visoni. A colaboração da comunidade escolar para a montagem da exposição, foi também um dos grandes momentos para esta circulação, pois a atitude colaborativa rompe barreiras e faz com que a arte chegue em espaços que até então, são desconhecidos de muitos artistas. "Agradeço a professora Manuela e todos os alunos que fizeram a montagem da mostra, e aproveitaram para debater temas socioambientais através das fotos apresentadas", diz Santian. As fotografias impressas para cada localidade, são doadas e a partir delas, professores e comunidades podem realizar atividades educativas, reflexões sobre a vastidão do estado de Mato Grosso e a conscientização ambiental.

local: Escola Municipal do Campo Alcides Visoni, Manuela Sardá Danguy Lustoza Pacheco. funcionamento 07ás 11 e 13 às 17 de segunda a sexta. endereço: , rod mt 130 km 160.





13 de outubro 2018
Chapada dos Guimarães  

A abertura foi realizada na rua Quinco Caldas 164, bairro Centro (Chapada dos Guimarães), na rua da  Feirinha da Sustentabilidade entre o Paradinha bar e Bodega, dia 13 de outubro, a partir das 20:00, ao som do CAMERATA JAZZ, que traz um repertorio dos clássicos americanos do jazz e uma seleção brasileira de bossa nova e samba jazz.

V Festival Juruena Vivo

A convite do V Festival Juruena Vivo, que acontece de 1 a 4 de novembro em Juína, noroeste do estado de Mato Grosso, trouxe aqui a mostra “Olhares ocultos, paisagens perceptíveis”, onde estou tendo a oportunidade de participar deste intercâmbio produtivo e cultural com os povos da bacia do Juruena, que propõe diálogos sobre formas de aproveitamento e valorização da sociodiversidade da região. Cerca de 200 pessoas, incluindo povos indígenas das etnias Apiaká, Munduruku, Kaibi, Myky, Tapayuna, Rikbaktsa, Manoki, Nambikwara, Paresi e agricultores dos assentamentos PA Nova Esperança, Ouro Verde, Juruena, Vale do Amanhecer e Iracema vieram para trocar suas experiências. O evento foi organizado pela Rede Juruena Vivo, composta pelo Conselho Missionário Indigenista (CIMI), a Operação Amazônia Nativa, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Instituto Centro e Vida (ICV), o Caracol, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), o coletivo Acquarela e o Coletivo Proteja, além de associações indígenas como a Aimurik, Assirik, Atssirik, Oimekrikanaz, Associação Indígena Abanatsa (AIABA), a Associação Indígena Rikbaktsa (Tsirik), Associação Watoholi, do povo Manoki, Associação de Coletores e Coletoras de Castanha do Brasil do PA Juruena (ACCPAJ), Associação de Moradores e Veranistas de Fontanillas

Lívia Alcântara/OPAN
Adaptação do texto: Henrique Santian




https://redejuruenavivo.com/2018/11/03/inicia-o-v-festival-juruena-vivo/?fbclid=IwAR1nxCaHzWnTvhUl6gmss8bS3G3eIqvyoiP8mgebEJ7vlgtoayjq9okqUFU





A oficina  realizada de 1 a 4 de novembro de 2018, com 10 alunos indígenas e assentados, propõe criar uma experiência com a fotografia, estudando o conceito básico e promovendo o desenvolvimento socioambietal da região, com base documental promovendo compor um acervo de fotos de cobertura do festival. 
O Festival está sendo reportado por um grupo de comunicadores da Rede Juruena Vivo, que se dividiram em equipes de fotografia, audiovisual, jornalismo e redes sociais. 
A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível


8 de novembro 2018 
Pontes e Lacerda  

Neste dia 8 de novembro no Campus da IFMT Pontes e Lacerda, a mostra Olhares Ocultos, na qual estou circulando via edital Circula MT da secretaria de cultura de Mato Grosso.

Tive a oportunidade de compartilhar com mais de 60 alunos do curso de artes, sobre minha trajetória de trabalho, o efeito e causa dos sentimentos que transmitimos com a imagem, o poder de encantamento e inquietude da fotografia. Minha felicidade foi saber que os projetos guiados pelo professor Claudio Dias, estão em total fomento fotográfico documental e audiovisual, foi uma manhã super inspiradora e recíproca que nos alimentava em imersão no assunto. Agradeço pelo convite e espero voltar a compor está imersão com mais tempo para juntos produzirmos algo com os alunos.

A mostra estará no campus da Ifmt Campos e Lacerda até o dia 24 de novembro.
funcionamento das 08h as 21:30, endereço: Entrada do matão s/n bairro morada da serra.



9 de novembro 2018             
Vila Bela da Santissima Trindade     
 

ABERTURA ESPECIAL COM CORTEJO DO CONGO AS 18 HRS

local: Palácio dos capitães generais de Mato Grosso ( secretaria municipal de cultura de vila bela )

fucnionamento: das 7:30 as 11:30 e 13:30 as 17:30, endereço: travessa do Palacio s/n



Nesta manhã do dia 9 de Novembro de 2018, na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, realizei uma oficina de fotografia documental com alguns quilombolas de 11 a 16 anos, com intuito de registrar e valorizar a cultura local, hoje foi dia de visitar dona Lindalva, benzedeira Vilabelensse, passamos a manhã documentando a vida desta pessoa iluminada, em 2019 vamos realizar a exposição coletiva deste trabalho com o olhar dos alunos nativos de Vila Bela.







Encerramentos Encantamentos 8 dezembro 2018 Cuiabá MT

O olhar artístico de Bruna Obadowski registrou esta belíssima noite de sarau, com abertura da mostra, Olhares Ocultos, que encerrou neste dia 8 dezembro o edital circula MT da secretaria de cultura.

Agradeço a todos que somaram para este evento ser realizado:

A Julianne de Quadros que realiza o sarau la em casa, Cleide Arruda e o Museu de História Natural - Casa Dom Aquino, a Daniella Paula Oliveira e a Sala da Mulher - Assembleia Legislativa. Aos amigos artistas que trouxeram mais cor e alegria para esta noite,  Annaamelia Marimon, Millena Machado, Douglas Peron pelas intervenções místicas. Ao Caio Augusto Ribeiro por compartilhar suas palavras. Ao Luiz Pirata que coloriu ainda mais a noite. Aos musciso, Estela Cer Jhon Stuart e sua banda , Sidnei Duarte (com o super projeto "viola nativa") Antonio Carlos Mattoso (com nova formação), Rogê Além, Luisa Lamar (and Soares Lamar ). Ao DJ Fabricio Chabô pelos gingados no gramado, ao João Batista Santos (que não saiu nas fotos mas está presente em nossos corações) pela disposição sempre. Aos amigos que me ajudaram na montagem Neyres Taveira, Oswaldo Carvalho Jr, e a todos os envolvidos de que  de maneira direta ou indireta contribuem sempre, muito obrigado.



a terra, as matas, o verde o silêncio invade o tempo querendo virar saudade
 
no ronco do motor se ouve o mundo novo abocanhando a herança desolada de quem fica
a herança aflora em símbolos em couraças de veia brava palpitando silêncio 


o silêncio do entardecer quebrado pelo som turvo  dos pássaros
eles vêm de longe  e nada encontram seguem na revoada diária costurando esperança na pele do sol
outras cascas de pele ocultam olhares longínquos bebem o ocaso difuso pela catarata verde e vívida do tempo
o caminho tem muitos nomes curvas, vielas, fronteiras mas é sempre o mesmo
depois da curva de um soluço seco vem um vendaval verde embebido em azul
nos caminhos entrecruzados não há placas
é necessário ver além e atravessar o raso das expectativas
todos sob o mesmo céu habitando formas várias de horizonte da luz que escorre no fundo à cortina que se forma à frente
ao cinza espiralado que engole tudo avançando em ondas de fúria escaldante
placidez ao reverso à revelia do homem
vastidão do vazio a trama tecida de buriti, madeira e terra ou de aço, zinco e grão segue a mesma urdidura
mas só uma guarda o sono indefeso
indizível o que brota da casca morta e viceja traduzindo o intraduzível
lá o céu via correr  as nuvens derradeiras a sombra que já despousava das árvores  água, arenito, lagartos a manta verde ainda mais fundo devastada
quem esculpe as melhores poses o ato do rugido o toque lento do amor
o que renova a grama seu novo cheiro velho depois da chuva

 
tempo, imagem móvel refletida na imobilidade da suprema sede de vida





texto poético: Santiago Santos 



agênda de circulação da mostra:



3 de setembro de 2018
TERRITORIO INDIGENA DO XINGU / Aldeia Ulupuwene WAUJA (kuarup)

A área do parque, que conta com mais de 27 000 quilômetros quadrados (aproximadamente 2 800 000 hectares,(área quase igual á area do estado de Alagoas) incluindo as terras indígenas Batovi e Wawi), está situado ao norte do estado de Mato Grosso, numa zona de transição florística entre o Planalto Central e a Floresta Amazônica. A região, toda ela plana, onde predominam as matas altas entremeadas de cerrados e campos, é cortada pelos formadores do Rio Xingu, e pelos seus primeiros afluentes da direita e da esquerda. Os cursos formadores são os rios Kuluene, Tanguro, Kurisevo e Ronuro - o Kuluene assume o nome de Xingu a partir da desembocadura do Ronuro, no local conhecido pelos indígenas como Mÿrená (Morená). Os afluentes são os rios Suiá Miçu, Maritsauá Miçu, Auaiá Miçu, Uaiá Miçu e o Jarina, próximo da cachoeira de Von Martius. Aldeia camaiurá no Parque Indígena do XinguAtualmente, vivem, na área do Xingu, aproximadamente, 5 500 índios de quatorze etnias diferentes pertencentes aos quatro grandes troncos linguísticos indígenas do Brasil: caribe, aruaque, tupi e macro-jê. Centros de estudo, inclusive a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, consideram essa área como sendo o mais belo mosaico linguístico puro do país. As tribos que vivem na região são: cuicuros, calapalos, nauquás, matipus, icpengues (todos de tronco linguístico caribe), meinacos, uaurás, iaualapitis (tronco linguístico aruaque), auetis, camaiurás, jurunas, caiabis (tronco linguístico tupi), trumais (língua isolada), suiás (tronco linguístico macro-jê); já tendo ainda morado na área do parque os panarás (kreen-akarore), os menbengokrês (caiapós) e tapaiunas (beiço-de-pau). Criado o Parque Nacional do Xingu, posteriormente denominado Parque Indígena do Xingu, em 1961, Orlando Villas-Bôas foi nomeado seu administrador-geral. No exercício dessa função, pôde melhorar a assistência aos índios, garantir a preservação da fauna e da flora da região e reaparelhar os postos de assistência. Ainda como administrador do parque, Orlando Villas-Bôas favoreceu a realização de estudos de etnologia, etnografia e linguística a pesquisadores não apenas nacionais como de universidades estrangeiras. Autorizando, ainda, a filmagem documentária da vida dos índios, deu margem a um valioso acervo audiovisual.
A épica empreitada dos irmãos Villas-Bôas é um dos mais importantes e polêmicos episódios da antropologia brasileira e da história indígena. A concepção do Parque Indígena do Xingu, os custos para sua implementação e suas drásticas consequências, o constante ataque de madeireiros e latifundiários e as políticas indigenistas do estado brasileiro são temas importantes para a reflexão sobre o significado de toda esta experiência.
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11 de setembro 2018
Santiago do Norte       

Santiago do Norte é um distrito de Paranatinga, localizado a 160 km da cidade e a 520 km de Cuiabá, Capital de Mato Grosso, com cerca de 2500 habitantes. Região pertencente à bacia do rio Ronuro, formador do rio Xingu. E faz parte do bioma Amazônico. A região passa por um processo de especulação fundiária devido ao projeto da Ferrovia Centro-Oeste, que ligará o Estado de Goiás ao Estado de Rondônia


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13 de outubro 2018
Chapada dos Guimarães  

Chapada dos Guimarães é um município brasileiro do estado de Mato Grosso.
Já foi considerado o maior município do mundo, devido ao seu território anterior com cerca de 269 mil km². O município de Chapada dos Guimarães deu origem a municípios como Alta Floresta, Colíder, Sinop, Nova Brasilândia, Paranatinga e outros. Possui vários pontos turísticos como, por exemplo, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, com cachoeiras, cavernas, lagoas e trilhas em meio a uma natureza típica de cerrado, vegetação predominante na cidade. 
Chapada dos Guimarães tem vários atrativos turísticos: 46 sítios arqueológicos; dois sítios paleontológicos; 59 nascentes; 487 cachoeiras; 3.300 km² de Parque Nacional; 2.518 km² de Área de Proteção Ambiental; duas reservas estaduais; dois parques municipais; duas estradas-parque; 157 km de paredões; 42 imóveis tombados pelo Iphan; 38 espécies endêmicas.
O artesanato local é uma das referências na cidade, com vários artesãos locais que chegaram ou nasceram na cidade e, que ali, foram crescendo e vivendo do artesanato, que é exposto em praça pública de terça-feira a domingo para os habitantes e turistas. Existe um projeto de uma "Rua do Artesanato", que visa criar um local específico para os artesãos, mas nada projetado ainda. Além de todas estas opções, o município conta com o turismo nos dias mais frios do ano, quando a temperatura pode chegar até 12°C para menos. A cidade surgiu como aldeamento de índios Chiquitos fundada por Antônio Rolim de Moura Tavares, em 1750, e administrada pelo padre jesuíta Estevão de Castro, até ser expulso por ato do Marquês de Pombal. Durante muitos anos o povoado ficou conhecido como "Serra Acima", mas, oficialmente, o seu nome a partir de 1769 foi de Santa Anna da Chapada dos Guimarães Miramar, sendo elevada a freguesia em 1775. Havia na região até o início do século XIX 20 engenhos que fabricavam aguardente (o total em Mato Grosso era de 34) o que fez com que Portugal estipulasse o tributo de 1/2 oitava de ouro por engenho para custear a pensão anual de 110$000 réis dados aos estudantes mato grossenses na Metrópole. O então pujante povoado começou a declinar em 1867 devido a varíola advinda da Guerra do Paraguai, sem contar o encarecimento dos escravos, a mortandade dos animais de carga, os constantes ataques de cerca de trezentos índios Coroados que a força de cinquenta homens não conseguiu conter, e, por fim, a Abolição da Escravatura selou o declínio do povoado.
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1 a 4 de novembro 2018
Juína    

Juína é um município brasileiro do estado de Mato Grosso, na divisa com Rondônia. Situa-se inteiramente dentro do bioma Amazônia e é cidade-pólo da microrregião do Aripuanã. Nome de origem indígena, da etnia pareci, de grafia "zui-uína", que significa "rio do gavião". Também há a possibilidade de originar da etnia cinta-larga "ju-hi-iña". A denominação Juína é referência geográfica ao Rio Juína-Mirim. 
A região foi primeiramente habitada por povos das nações cinta-larga, rikbatsa e ena-wenê-nawê. O território do município de Juína abriga duas enormes áreas indígenas e a população indígena é de 1 008 pessoas [7] e ainda a Estação Ecológica Iquê-Juruena.
O início da povoação aconteceu através da construção da rodovia AR-1, que liga a cidade de Vilhena, no estado de Rondônia, à cidade de Aripuanã, que na década de 1970 era de dificílimo acesso, sendo conhecida por “Terra Esquecida”. Coube à CODEMAT – Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso - a iniciativa do Projeto Juína, pensado inicialmente por um grupo de diretores e funcionários, juntamente com diretores da SUDECO – Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste.
Consta ainda que o engenheiro Gabriel Müller, um entusiasta de Juína, foi um dos autores intelectuais do projeto, através de lei aprovada pelo Congresso Nacional por indicação e influência do então senador Filinto Müller, dando poderes ao estado de Mato Grosso para a licitação da imensa área destinada ao futuro município de Juína. A seguir, dois milhões de hectares foram vendidos, principalmente para ruralistas do sul do país.
À prefeitura do município de Aripuanã, para fins agrícolas, foram cedidos 117 000 ha. às margens do rio Juruena, tendo como referência a antiga vila de Fontanilhas e mais 65 000 ha, às margens do rio Aripuanã. A colonização de Juína começou a partir de 1978, quando inúmeras famílias, especialmente do centro-sul do país, migraram para esta região. Em l976, os trabalhos de construção da AR-l estavam a todo vapor, salvo os problemas naturais de períodos de chuvas.
Em 23 de janeiro deste mesmo ano, ocorreu uma reunião no distrito de Fontanilhas, às margens do Juruena, tendo como palco o hotel Fontanilhas, que foi construído a mando do governador José Fragelli. Desta reunião participaram diretores da Sudeco e Codemat. Deste encontro surgiu a ideia de se formalizar o Projeto Juína, que previa a implantação de uma cidade no meio da selva amazônica. Identificadas às terras de maior fertilidade, definiu-se a área do projeto com aproximadamente 411 000 ha, na região do Alto Aripuanã e Juína-Mirim, do quilômetros 180 ao 280 da rodovia AR-1. O projeto elaborado em 1977 teve sua aprovação pelo INCRA através da portaria nº 904, de 19 de setembro de 1878.
O engenheiro Hilton Campos, detentor de grandes méritos da criação e colonização de Juína, não mediu esforços para levar os primeiros sinais de progresso à “Rainha da Floresta”, termo pelo qual é conhecida a cidade. O projeto original previa a divisão da cidade em módulos. Cada módulo tinha 35 hectares, incluindo ruas e projetos urbanístico. Os lotes mediam 12 m x 40 m. e depois passaram a 15 m x 40 m. O projeto que resultou no surgimento de Juína foi considerado o maior êxito de colonização da Codemat. Em virtude do crescimento acelerado e acentuado, em 10 de junho de 1979, foi criado o distrito de Juína, com território jurisdicionado ao município de Aripuanã.
Juína passou a município em 9 de maio de 1982, com área de quase 30 mil quilômetros quadrados, desmembrado do município de Aripuanã. A instalação foi no dia 31 de janeiro, sendo primeiro prefeito eleito o professor Orlando Pereira. O setor agropecuário sofreu um duro golpe, pois a falta de operacionalidade da Cooperjuína – Cooperativa Agropecuária Mista de Juína, que foi fundada em 1980 e no ano de 1988, contava com 2 335 associados, permitiu esta situação. Em 1988, foi criada a Delegacia Regional de Educação de Juína. A partir de 1976, foram descobertas ricas jazidas diamantíferas na região, através de pesquisas identificadas pela SOPEMI – Sociedade de Pesquisas Minerais e pelo Projeto RADAMBRASIL. O garimpo de diamantes acabou fazendo história em Juína.
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8 de novembro 2018 
Pontes e Lacerda  

Pontes e Lacerda é um município brasileiro do Estado de Mato Grosso. Localiza-se a 450 km de Cuiabá, a uma latitude 15º13'34" Sul e a uma longitude 59º20'07" Oeste, estando a uma altitude de 254 metros. Possui uma área de 8.423 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 45 093 habitantes. 
A região onde hoje situa-se o município de Pontes e Lacerda era inicialmente habitada por índios, da etnia Nambikwara.[6] Foram praticamente dizimados pelas sucessivas incursões dos bandeirantes paulistas na região (século XVIII) e pelo ciclo do garimpo (séculos XVIII-XIX), que acompanhou a exploração aurífera de Vila Bela da Santíssima Trindade. Já no século XX, sofreram com a exploração da madeira, dos seringueiros e a disputa de terras com fazendeiros e grileiros estabelecidos na região em meados da década de 70. Receberam guarida do padre jesuíta Antônio Iasi Júnior, que lutou pela criação da Terra Indígena Sararé, uma área de 67.420 hectares onde vivem atualmente cerca de 71 índios.[7]
A origem do nome remete ao ano de 1786, quando dois cartógrafos e astrônomos formados pela Universidade de Coimbra, Portugal, desenharam os primeiros esboços da carta geográfica dos rios das bacias Amazônica e do Prata, passam pela localidade. Eram eles Antonio Pires da Silva Pontes, um mineiro, e Francisco José de Lacerda e Almeida, um paulista.[8]
Em 1906, foi construído o Posto Telegráfico de Pontes e Lacerda (hoje restaurado[9]), na ocasião do levantamento etnológico, cartográfico geográfico e biológico iniciado no ano seguinte pela Comissão de Linhas Telegráficas e Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas. Liderada pelo Marechal Cândido Rondon, a Comissão Rondon, como era conhecida, esquadrinhou milhares de quilômetros de terras, rios e coordenadas geográficas até o Amazonas, e logo depois até o Acre.[10] Os trabalhos foram concluídos em 1915.
Em 19 de julho de 1909 o então governador do Estado Sr. Pedro Celestino Correa da Costa através do Decreto 227, reserva uma área de 3.600 has., para futura povoação na margem esquerda do Rio Guaporé, tendo como referência a Estação Telegráfica. Somente em 1947 é que chega para a localidade o Sr. Mariano Pires de Campos, sertanista mato-grossense acompanhado de alguns índios da etnia Pareci, a procura de Poaia (Cephaelis Ipecacuanha)e permanece em um barraco por ele construído ao lado da "Estação Telegráfica".
Em 1954 a serviço da Companhia Sul do Brasil que vendia terras no vale do Guaporé/Jauru chega à localidade o engenheiro Ariel acompanhado do picadeiro Jorge Lemes que após concluídos os trabalhos, permanece residindo próximo a Estação Telegráfica.
Em 1961 para a construção da estrada de rodagem rodovia BR 174, chega na localidade uma equipe do DNER com as respectivas máquinas e veículos, e acampa nas proximidades da Estação Telegráfica para a necessária comunicação com Cáceres e Cuiabá. Ao término da construção, o chefe de máquinas Dorvalino Moreno Gomes e o cozinheiro Manoel Basão, permanecem morando na localidade, dando inicio a um pequeno povoado que começava receber migrantes de outras partes do Estado e outras localidades do Brasil.
Em 1963 chegam as famílias Freitas Azambuja e Fagundes da Costa e em 1965 as famílias Barbosa e Lemos, para "abertura das matas" e formação de fazendas para criação de bovinos e cultivo de lavouras para sustento das famílias e suas propriedades. Em 1967 a Família Podolan oriunda de Campo Mourão no Estado do Paraná instala uma serraria de grande porte e constrói cerca de 50 casas para os funcionários da empresa, além das construções para abrigo dos departamentos administrativos, máquinas, caminhões e demais equipamentos, fazendo surgir um novo núcleo populacional ha cerca de 02 km da estação telegráfica. Nesse período também chegam as famílias de Timóteo Rodriguez vinda de Cáceres-MT, Bronski Afonso, vinda de Campo Mourão-PR, Moreira Gomes, Dias de Souza, Libório vindas do leste de Minas Gerais.
Nos anos seguintes, continua a migração de pessoas de outras regiões do Estado e do Brasil, para a localidade de Pontes e Lacerda, ocupando-se das diversas atividades regionais; Extração da madeira, formação de fazendas, serrarias, pequenos estabelecimentos comerciais, mão-de-obra qualificada de serviços gerais etc. Em 1971 a extinta CODEMAT - Companhia Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso, instala escritório no povoado para regularização fundiária do que seria a parte urbana e rural, no entorno desta, tendo como responsável pelo estabelecimento o Sr. Moacir Ferreira da Silva.
Entre 1968 e 1978 chegam as famílias Francisco do Nascimento, Venâncio da Silva, Bento Neto, Reverdito, Mazui, Rodriguez, Queiróz da Silva, Rodrigues de Souza, Maldonado Roman, Gaspar, Ramos da Silva, Meira, Moura da Silva, Moralles, Alencar, Reis de Lima, Andrade, Rodrigues de Freitas, Garbim, Bezerra de Souza, Rangel Rolim, Souza Leandro, Batista, Euclides Chaves, Nogueira de Abreu, Rosa de Queiróz, Mazetti, Justino do Nascimento, Fernandes de Lima, Andrelino de Souza, Soares Dias, Antunes de Moraes, Carneiro, Tejada, Gajardoni e muitas outras, aumentando significativamente a população local.
Até 1976, Pontes e Lacerda era apenas um povoado pertencente ao município de Vila Bela da Santíssima Trindade, quando tornou-se um distrito desta naquele ano, através da Lei Estadual 3.813. Em 1977 é construído e inaugurado o hospital da Fundação Médica Assistencial do Trabalhador Rural de Pontes e Lacerda, tendo como médicos os Doutores Dauri Alves Mariano, Rubens Alves de Abreu e Carlos Alberto de Carvalho. Ainda em 1977 é inaugurada a primeira agencia bancaria do extinto Banco Financial, tendo como gerente o Senhor Sebastião Procópio, chegando a cidade com esposa e família.
Em 1978 chegaram para nele trabalhar os médicos Dr. José Inácio Ribeiro e Dr. Gustavo Henrique Alves e as auxiliares de enfermagem Maria do Socorro e Maria dos Remédios.
Finalmente em 1979, através da lei estadual 4.167, foi criado o município de Pontes e Lacerda, desmembrando para si parte do território pertencente à Vila Bela da Santíssima Trindade.

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9 de novembro 2018
Vila Bela da Santissima Trindade      

Vila Bela da Santíssima Trindade é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Sua população esta estimada, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas de 2018, em 15 983 habitantes.Primeira capital de Mato Grosso, a pequena Vila Bela da Santíssima Trindade é um dos municípios com maior potencial turístico de Mato Grosso.
No centro de Vila Bela estão as ruínas de uma catedral do período colonial. Ela é um símbolo da cidade e constitui o marco de uma história que começa em 1752. Naquela época, a descoberta de riquezas minerais na região do Rio Guaporé fez com que Portugal se apressasse em povoá-la, temendo que os vizinhos espanhóis fizessem o mesmo. Foi, então, criada a Capitania de Mato Grosso e sua capital instalada em 19 de março de 1752 com o nome de Vila Bela da Santíssima Trindade.
Enquanto foi capital, obteve um progresso muito grande devido aos investimentos em infraestrutura e incentivos fiscais para os novos moradores. No entanto, as dificuldades de povoar a região (distância, doenças, falta de rotas comerciais) e o estabelecimento de um importante centro comercial em Cuiabá acabaram forçando a transferência da capital em 1835. Os moradores abandonaram a região, deixando casas, estabelecimentos comerciais e escravos para trás. 
Localiza-se a uma latitude 15º00'29" sul e a uma longitude 59º57'02" oeste, estando a uma altitude de 198 metros.
Em seu território está situado o Parque Estadual da Serra de Ricardo Franco
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8 de dezembro de 2018
Cuiabá    

Cuiabá é um município brasileiro, capital do estado de Mato Grosso, Região Centro-Oeste do país. Fundado em 1719 por Pascoal Moreira Cabral e descoberto por Miguel Sutil, ambos bandeirantes nascidos na cidade de Sorocaba-SP, ficou praticamente estagnada desde o fim das jazidas de ouro até o início do século XX. Desde então, apresentou um crescimento populacional acima da média nacional, atingindo seu auge nas décadas de 1970 e 1980. Nos últimos 15 anos, o crescimento diminuiu, acompanhando a queda que ocorreu na maior parte do país. Hoje, além das funções político-administrativas, é o principal pólo industrial, comercial e de serviços do estado. É conhecida como "cidade verde", por causa da grande arborização. Situa-se na margem esquerda do rio de mesmo nome e forma uma conurbação com o seu município vizinho, Várzea Grande.
Segundo estimativas de 2018 feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população de Cuiabá é de 607.153 habitantes, enquanto que a população da conurbação é de 889.162; já sua região metropolitana possui 918.826 habitantes e o colar metropolitano mais de 1 milhão; sua mesorregião possui 1.105.132 habitantes, o que faz de Cuiabá uma pequena metrópole no centro da América do Sul. A cidade foi umas das 12 sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014, representando o Pantanal (a cidade se situa a cerca de 100 quilômetros da região pantaneira).
Já o Estado de Mato Grosso alcançou um superávit de 3,5 bilhões de dólares estadunidenses no primeiro quadrimestre de 2012, valor 32 por cento superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, quando chegou a 2,65 bilhões de dólares estadunidenses. Os valores acumulados com as exportações até abril foram de 3,93 bilhões de dólares estadunidenses, num incremento de 26,8 por cento sobre o montante de 3,1 bilhões obtido entre janeiro e abril de 2011. O saldo comercial no período foi favorecido pela redução de 5,3 por cento nas importações, que caíram de 450,224 milhões de dólares estadunidenses no acumulado dos 4 primeiros meses de 2011 para 426,379 em 2012. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior demonstram que o saldo da balança comercial mato-grossense foi o quarto maior do país, superado apenas por Minas Gerais (6,650 bilhões de dólares estadunidenses), Rio de Janeiro (4,980 bilhões de dólares estadunidenses) e Pará (3,858 bilhões de dólares estadunidenses).


museu DOM AQUINO

A Casa Dom Aquino é um Patrimônio Histórico de Mato Grosso construído em 1842 e foi local de nascimento de duas pessoas ilustres do Estado: Joaquim Murtinho e Dom Aquino Corrêa. Abriga o Museu de Pré-história Casa Dom Aquino, inaugurado em dezembro de 2006, através de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) e o Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (ECOSS).
Grande ícone para o povo de Mato Grosso, Dom Francisco Aquino Correa nasceu em Cuiabá em 1885. Seu principal legado foi o hino do Estado e suas poesias. Foi fundador da Academia Mato-grossense de Letras e o primeiro a ocupar a cadeira na Academia Brasileira de Letras. O outro homenageado é Joaquim Duarte Murtinho, médico e precursor da homeopatia no Brasil. Ocupou cargos importantes políticos, como senador e ministro da Fazenda.
O museu tem o objetivo de levar educação, cultura, pesquisa e a inclusão social. Sua missão é a de transmitir conheci




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