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Isso Não É Uma Foto

“Tudo o que vemos esconde outra coisa, e nós sempre queremos ver o que está escondido pelo que vemos. Há um interesse no que está escondido e que o visível não nos mostra. Este interesse pode assumir a forma de um sentimento bastante intenso, uma espécie de conflito, pode-se dizer, entre o visível que está oculto e o visível que está presente.”

René Magritte
Em “Isso Não É Uma Foto”, nome inspirado na inscrição “C'est ne pas une pipe” da obra La trahison des images (1929) tem-se um autorretrato desse sujeito composto de imagens de sujeitos.

A colagem-fotográfica foi construída através da justaposição (procedimento surrealista adotado por Magritte em suas obras) de fotografias de outras pessoas, materializando a ideia do indivíduo que apenas reflete indivíduos a sua volta.

Essa sátira à sociedade do espetáculo do século XXI tenta cumprir o mesmo papel crítico ao mundo instável e perturbado do século XX que faz a obra de Magritte.

Além da relação óbvia com a dificuldade de se enxergar o indivíduo através das imagens que se tem dele, a questão da necessidade de se registrar as vivências e acontecimentos em fotografias em redes sociais para afirmar sua existência também é exposta. “Apareço, logo existo” é a expressão de ordem das relações sociais mediadas por essa dimensão espetacular da vida, em que dependemos do espetáculo para confirmarmos que existimos.
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Em “Isso Não É Uma Foto”, nome inspirado na inscrição “Ceci n'est pas une pipe” da obra La trahison des images (1929) também de René, tem-se um a Read More

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