autores: Cristina Nakamura, Elisa Borzillo, Mônica Guerios
M E M O R I A L
O l o c u s
A área de intervenção localiza-se no bairro Rebouças, Curitiba-PR; entre as ruas: Pedro de Araújo Franco, Av. Eng. Rebouças e Rua Walter Marquardt. Devido as
proposta de requalicação do entorno imediato, desenvolvidas durante o ano, fez-se necessário o uso deste terreno de modo integrado ao que já foi proposto
para o bairro. A proposta foi baseada em três diretrizes básicas; economia, integração (no bairro e na cidade) e visibilidade. Disto, chegou-se a ideia do partido:
ABERTURA e pela qual, o rmitas, a utilitas e a venustas estão intimamente ligadas. Abrir-se para o bairro e à cidade, faz com que o espaço não se restringe
apenas ao programa e seu terreno, mas vá além, e incentive outros espaços livres - públicos ou não – a serem mais gentis com seu entorno e sua população.
F i r m i t a s
A estrutura é composta de dois sistemas: o longo eixo modulado com montantes a cada 40 cm faz parte do sistema Light Steel Frame com seus fechamentos em
OSB externamente, gesso acartonado internamente com lã de rocha, para o como isolamento sonoro e térmico. Para o auditório, optou-se o uso de treliças
metálicas apoiadas em 4 pilares também metálicos (perl em I). Seu pé direito varia de 5,5m em seu vértice menor à 7,5m. Toda a composição arquitetônica é
revestida por placas em aço corten, ora vazadas, quando voltada para a rua Av. Eng. Rebouças na área externa - reservada às exposições de escultura.
Orafechadas, como uma capa protetora do auditório, propriamente dito. Optou-se por um sistema modulado e com o melhor custo benefício. Podendo ser
reproduzido em outros locais – com o devido estudo de seu entorno – para outros bairros da cidade, como forma de incentivar o acesso a espaços públicos de
qualidade, próximos aos moradores, em seus bairros.
U t i l i t a s
Para o programa, pensou-se uma forma semelhante ao “L”, que vai ao encontro do conceito inicial do projeto, de abertura do programa para o seu entorno
imediato. Desta forma, criou-se uma bela praça integrada ao conjunto arquitetônico. No eixo de maior comprimento está localizada a área servidora,
contemplada com a área de exposição das esculturas, o café, a bilheteria, a administração, os banheiros e o saguão. Uma caixa imponente abriga o auditório que
segue a angulação do terreno, interagindo com a praça não só por sua escala e forma, mas possibilitando o uso de sua empena cega para projeções e outras
intervenções artísticas.
V e n u s t a s
O projeto se destaca na paisagem por sua escala e volume, bem como pelo uso do aço corten, da pedra, do concreto e de vidros. Essa combinação de materiais
nos remete, mesmo que simbolicamente, a história do bairro Rebouças, ligada diretamente as indústrias e a linha férrea que por ali passava. Os possíveis usos
diferenciados e apropriações de seus usuários conferem ao complexo do Auditório, um espírito participativo que se reete em sua “aparência”. Ele se torna um
ponto de referência aos transeuntes e assim se consolida como um marco deste bairro.