25 de Abril Em Caldas da Rainha , Largo do Hospital Termal.
A cidade de Caldas da Rainha desempenhou um papel significativo na Revolução do 25 de Abril de 1974, que marcou o fim da ditadura em Portugal e o início de um regime democrático. As Caldas da Rainha são frequentemente lembradas como um ponto estratégico na operação militar que deu origem à revolução.
Na noite de 24 para 25 de abril de 1974, a Escola Prática de Cavalaria (EPC) em Santarém, comandada pelo capitão Salgueiro Maia, foi uma das primeiras unidades militares a se mobilizar contra o regime. Salgueiro Maia, um dos principais rostos da revolução, liderou uma coluna de marcha que se dirigiu para Lisboa para ocupar pontos-chave e assegurar o sucesso do movimento revolucionário. Durante a viagem, um dos pontos de passagem importantes foi justamente Caldas da Rainha.
A cidade possuía uma unidade militar, o Regimento de Infantaria 5 (RI5), que era uma potencial ameaça ao sucesso da operação. No entanto, ao invés de opor resistência, a unidade aderiu ao movimento revolucionário, facilitando a marcha das forças de Salgueiro Maia em direção à capital. Esta adesão foi crucial, pois evitou confrontos e fortaleceu o avanço dos militares que apoiavam a revolução.
O envolvimento de Caldas da Rainha simboliza a convergência de esforços de várias partes do país em prol de um objetivo comum: a libertação de Portugal de uma longa ditadura. A adesão das tropas de Caldas da Rainha ao movimento liderado por Salgueiro Maia é um testemunho da coragem e determinação dos militares que desejavam um futuro melhor para o país.
A influência de Caldas da Rainha no 25 de Abril não se restringe apenas a este momento específico. A cidade e os seus habitantes participaram ativamente nas comemorações e na consolidação das conquistas da revolução, contribuindo para a construção de um Portugal democrático e livre.
