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COMER INTUITIVO: SENTIR O CORPO ANTES DE COMER

Jornal DR1 - SAÚDE

COMER INTUITIVO: SENTIR O CORPO ANTES DE COMER

Por Alisce Trapaga

As dietas tradicionais podem funcionar para alguns, como podem deixar a desejar para outros. O que acontece, geralmente, é que alguém que deseja perder peso consegue atingir seu objetivo através de uma dieta restritiva, entretanto, depois de algum tempo, o peso de antes retorna. E, assim, a insatisfação também. A pessoa se sente mal por ter engordado de novo e não sabe o que fazer para se manter estável em um peso e forma satisfatória para si. Esse acontecimento é chamado de “efeito sanfona”.
Por isso, foi lançado um livro chamado “Comer Intuitivo”, que aborda uma técnica resumida à sentir a necessidade real do que seu corpo precisa consumir no momento. As nutricionistas americanas Evelyn Tribole e Elyse Resch são as responsáveis por trazerem o conceito de alimentação intuitiva e, apesar de recentes, os estudos apresentam bons resultados.
O processo acontece como uma integração entre o corpo e a mente, que busca ouvir e responder os sinais do corpo, a fim de atender suas necessidades físicas e psicológicas. Esse tipo de alimentação tem ajudado pessoas a se relacionarem melhor com a comida diariamente. Comedores intuitivos seguem seus sinais internos de fome, saciedade e satisfação. Isso tudo sem proibições, sem julgamentos e sem culpa.
Não existe regras do que se pode ou não comer, como numa dieta convencional. Além disso, não há contagem de calorias, carboidratos ou qualquer outro nutriente. É uma alimentação onde você tem liberdade de escolher o que, como e quanto comer, baseado nos sinais do seu corpo e mente.
Existem três pilares e 10 princípios na alimentação intuitiva. O primeiro é a permissão incondicional para comer. Não significa que você irá comer tudo e a todo momento. Mas ao abandono do conceito de “alimento liberado e alimento proibido”, “certo ou errado”, “pode ou não pode”. Assim, conseguimos ter uma percepção melhor do que realmente precisamos naquele momento.
 
 O segundo pilar é se alimentar para atender as necessidades fisiológicas e não emocionais. Nessa etapa é necessário assumir nossas emoções para que elas não se- jam descontadas na comida. Comer por razões emocionais pode te ajudar no momento, mas pode se tornar um novo problema se isso virar um hábito, podendo até a vir desenvolver algum transtorno alimentar.
E o último é seguir os sinais internos de fome e saciedade. Se nos alimentarmos no momento em que o sinal de fome surgir, dificilmente teremos um descontrole sobre o que e quanto comer. No entanto, em um momento de fome extrema, podemos comer além do necessário para nossa saciedade.
Os 10 princípios do comer intuitivo são pontos importantes para serem relembrados no dia a dia ao longo da prática.

1. Rejeitar a mentalidade de dieta
Rejeitar a mentalidade vai além de não fazer. É rejeitar a ideia de que outras pessoas podem decidir o que, como e quando você deve comer. Você é quem decide o que é melhor para o seu corpo.

2. Honrar a fome
Aprender a perceber e a respeitar os sinais de fome, se alimentando sempre que os notar.

3. Fazer as pazes com a comida
Não restringir e nem proibir alimentos. Todos são importantes.

4. Desafiar o policial alimentar
Não se culpar e nem julgar. Aprender a se permitir e a se satisfazer com todos os alimentos.

5. Sentir a saciedade
Saber o momento de parar, respeitando a saciedade. Comer com calma, em ambientes tranquilos e com atenção, para notar os sinais do seu corpo.

6. Descobrir o fator de satisfação
A satisfação é tão importante quanto a fome e a saciedade. Você deve comer o que tem vontade, para que a alimentação se torne um momento agradável, de prazer.

7. Lidar com as emoções
 Buscar conforto na comida, pode ser uma forma de resolver o problema apenas no momento. Mas isso pode se tornar um novo problema, dependendo da frequência que acontece. Assuma e viva as suas emoções, para que elas não virem comida.

8. Respeitar o próprio corpo
Não ultrapasse limites. Nosso corpo é nossa casa, devemos respeitar e cuidar da melhor forma possível.

9. Exercitar-se, sentindo a diferença
Deixar-se ser guiado pelas emoções e pelo corpo, fazendo o que gosta e o que te faz sentir bem.

10. Honrar a saúde – nutrição gentil
Fazer as pazes com a comida e aproveitar as consequências positivas desse processo. Buscar uma alimentação saudável e gentil ao mesmo tempo.
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