14 de setembro de 1983. Região norte de Londres. O nascimento de uma estrela.
Um pai ausente e autoritário e uma mãe carinhosa regeram a infância de Amy Winehouse.
Em 1983 seu pai iniciou um caso amoroso com uma colega de trabalho. Todos sabiam, mas o silêncio sobre a traição ecoava sob a casa. O divórcio ocorreu em 1992 e em 1996 a estranha virou sua madrasta.
Amy deixou de ser a menina sorridente, calma e doce que um dia foi. Se rebelou de maneira inconsequente, tal qual afetaria todo o seu futuro.
Autenticidade. A vontade de fazer diferente. O início de um sonho.
Apesar de ter referências como Frank Sinatra e Dinah Washington, não gostava da maior parte das músicas que tocavam no rádio.
Isso foi um fator impulsionador para que compusesse suas obras e assinasse um contrato com uma gravadora em 2002.
Amy sempre amou tocar guitarra, mas não achava que seria uma cantora famosa e afirmava que se o fosse, ficaria louca. Talvez existisse algum tipo de verdade em sua fala.
Liberdade. Álcool. O início do caos.
Seu sonho sempre foi ter liberdade para compor músicas e fumar maconha sempre que quisesse, Amy conquistou isso quando foi morar com uma amiga.
Ia em festas e bares e bebia muito, tendo que, muitas vezes, ser carregada para casa.
O amor. Depressão. Bulimia.
Quando começou a namorar Blake, se identificou com sua infância igualmente turbulenta. Apesar de o namoro não ter durado muito tempo, quando ele chegou ao fim, Amy estava obcecada.
Entrou em depressão, bebia e não se alimentava, desenvolvendo um quadro de bulimia. Seus amigos fizeram uma intervenção e quiseram que Amy fosse para a reabilitação, mas seu pai não achou necessário.
Recuperação. O sucesso. A fama.
Em dezembro de 2005 ela começou a compor e, apesar de parecer melhor, ainda estava lutando com seus demônios.
Em 2006 o álbum foi lançado inspirado no relacionamento e termino com Blake. Eles reataram e se casaram.
Drogas. Overdose. Destruição.
Amy experimentou cocaína e crack pela primeira vez com seu, então, marido.
Com sua fama crescente, era perseguida por paparazzis. Suas fotos retratavam ela magra, com a maquiagem borrada e sempre aparentemente drogada.
A auto destruição mútua de um relacionamento tóxico a levou a ter sua primeira overdose. Na ocasião, foi encontrado em seu sangue cocaína, crack, heroína e álcool.
Perturbação. Angústia. Agonia.
Infelizmente, não havia intervenções para o vício de Amy, muito pelo contrário, seu pai sempre a forçava a fazer os shows, independentemente de seu estado físico ou emocional.
E tudo vinha piorando. Ela aparecia nos shows embriagada, com uma bebida na mão e sempre esquecia suas próprias letras.
O poder do vício. O fracasso. O fim de um sonho.
Amy desejava apenas ter paz e infelizmente, ninguém a permitia. Tentou sair das drogas diversas vezes, mas sempre voltava ao vício.
Em seu último show na Sérvia, no dia 18 de Junho de 2011, após semanas sem beber, apareceu embriagada sem conseguir parar em pé.
O show foi um fracasso, ela jogou o microfone no chão e abandonou o palco após cair em prantos.
Uma artista. Ambulâncias. Uma overdose. Uma tragédia. Um fim.
Amy ficou sem beber desde este show, parecia estar se recuperando. Mas o pior aconteceu. No dia 23 de julho de 2011 às 15h54, Amy foi encontrada com três garrafas de vodka vazias e sem vida.
Seu velório aconteceu dia 26 de julho de 2011 seguindo os princípios da religião judaica.
