Ó vento, levais minha dor
Tu não paras para descansar?
Este mundo tão belo e horrendo
Tu percorreras?

Vento, tu és sozinho?
Sempre a viajar
Nunca encontraste uma companheira?
Ou tuas aliadas são as metámorficas nuvens?

Vento, quem tu és?
Quantos tu matastes? Quantos tu salvastes?

Vento, afinal, tu és livre?
Girando na roda do destino
Nas engrenagens da ciência
Na crença dos fieis
Tu sabes o que é liberdade?

Vento, tu sabes tua missão?
Vento, hoje, mais uma vez terá trabalho
Nesse avião, guia-me para a base inimiga
Em direção as garras da morte
E com as mesmas mãos,
Se encarregue de levar meu sorriso
À minha filha não-nascida.
Kamikaze
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