Exposição Um Mapa para a República

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Comunicação Visual estruturada em elementos estéticos inerentes à produção cartográfica que alicerçou a criação da Carta Geral de 1922. A paleta de cores está alinhada com os tons que representaram as variações topográficas, assim, também, os arabescos e elementos de apoio calcaram-se em linhas vetoriais que fazem alusão aos acidentes geográficos e divisões territoriais que ilustravam os croquis e esquemas construtivos dos mapas à época. Com uma base estruturada para suportar as proposições de cunho inclusivo, como elementos indígenas que sugerem, ao longo de todos os painéis da exposição, a Memória, trabalho e sangue de populações indígenas empenhados não apenas na expansão do conhecimento territorial, mas como na confecção de material científico que culminou, por sua vez, na criação de uma identidade nacional que, paradoxalmente, alija esses contributos fundamentais de seus créditos e conquistas. O mesmo se deu para elementos de apoio que buscaram mostrar o protagonismo de mulheres e africanos nessa construção que foi muito mais plural e coletiva do que se costuma pensar e divulgar.

A criação do conceito e a diagramação das peças impressas e digitais deram suporte ao projeto desenvolvido pela coordenação de História da Ciência do Museu de Astronomia e Ciências Afins - MAST. A exposição contou com suportes adesivados com conteúdo diagramado de acordo com a identidade construída, como vitrines, painéis, mobiliário e superfícies. Nas fotos a versão exposta no Centro de visitantes do MAST. Foi elaborada, ainda, uma versão itinerante para participar de eventos externos, como a SBPC, por exemplo. A identidade visual da exposição derivou em algumas peças, como um vídeo independente, no qual se desdobra minuciosamente a construção cartográfica da Carta Geral, inaugurada em 1922; um interativo digital para visitação virtual; um livro que está na fase final de produção.