O objeto selecionado para fatiar foi um antigo telefone vermelho, similar ao telefone que a minha família possuía na cidade de Santa Rosa, interior do Rio Grande do Sul, onde nasci e vivi até os sete anos de idade.
Tenho como intenção através deste objeto que remete ao meu passado, mostrar como as conexões com esta distante Mariana não são mais possíveis, somente através de símbolos dos quais marcaram a minha memória e me auxiliam a regressar para estes momentos do passado, quando desejado.
Com isto, o telefone antigo remete a este espaço no tempo, onde a comunicação era mais restrita e não instantânea, diferente dos dias atuais.
A cor vermelha estabelece esta conexão direta, por ser exatamente desta cor o telefone que possuíamos. 
As fatias do telefone buscam representar a memória deste período, já gasta e quebrada pela consequência do passar dos anos.
O número de telefone marcado no suporte de apoio é o número de telefone desta casa onde morei. Era o número de contato que fazia o telefone vermelho tocar.
Portando, este telefone fragmentado, dentro de uma resina, distante do toque, representa estas memórias, do meu passado engessado e distante. Um retrato um tanto distorcido pela mente, porém presente comigo para sempre.

Livro de artista II
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Livro de artista II

Proposta para aula de Mestrado em Práticas Tipográficas e Editoriais Contemporâneos. Livro de Artista. A intenção deste projeto parte da exploraç Read More

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