Dentre os diversos elementos que caracterizam a existência humana, em uma esfera social, a economia destaca-se como um dos principais papéis. Podendo ser considerada como uma ciência social, a economia pode ser explicada, sucintamente, como o estudo das relações humanas acerca das suas necessidades e os recursos disponíveis para satisfazê-los. Além disso, analisa os comportamentos dos agentes econômicos e como estes se alteram de acordo com os diferentes sistemas econômicos. Por conta disso, é essencial estabelecer um panorama no que concerne os principais marcos da economia mundial e como estes fatores influenciam até os dias atuais. A priori, a economia pode ser segmentada em duas áreas principais: macroeconomia e microeconomia. A macroeconomia deve ser entendida, basicamente, como o ramo que observa as questões de comportamentos mais individuais, geralmente associadas à famílias e empresas, por exemplo. Em contrapartida, a macroeconomia é a área que analisa, de maneira mais geral, o comportamento econômico em esfera nacional e internacional, como governos e nações, por exemplo. Entretanto, tendo em vista tais considerações mencionadas anteriormente, é plausível apresentar os fatos históricos que encaminharam a economia até os dias atuais. Não é possível afirmar, de maneira exata, quando e qual foi o ínicio da economia. Contudo, existem registros de que as primeiras discussões acerca do tópico originaram-se na Grécia Antiga, por meio de escrituras que demonstravam algumas preocupações da época, principalmente no que se refere aos problemas do comércio e de riquezas. Ademais, outro momento importante de ser apontado é o surgimento do mercantilismo, com predomínio na Europa, entre os séculos XV e XVIII, sendo marcado por uma forte intervenção estatal. Já no século XVIII, um economista de extrema importância, cujas contribuições perduram até hoje, criou o sistema capitalista. Adam Smith, o “Pai do Capitalismo”, defendia que, ao contrário da realidade do mercantilismo, o progresso de uma nação só ocorreria por meio da produção e geração de riquezas. Por conta disso, era adepto do conceito de livre mercado e do direito à propriedade privada. Por outro lado, o filósofo e economista alemão Karl Marx, defensor do socialismo, era adepto da intervenção estatal, a luta de classes (na época, burguesia e proletariado) e, também, a destruição da propriedade privada. Paralelamente ao pensamento dos dois autores citados anteriormente, houve o economista John Keynes. A teoria keynesiana defende, sobretudo, que deve haver intervenção estatal em áreas nas quais a iniciativa privada é incapaz de gerenciar. Ademais, sustenta a criação de planos assistenciais e a Garantia do Pleno Emprego. Sendo estes os pensadores que mais influenciaram na economia mundial, também é imprescindível mencionar três acontecimentos históricos que foram responsáveis por alterar o curso da história: as duas Grandes Guerras, a Crise de 1929 e a Guerra Fria. Apesar de terem ocorrido em diferentes cenários e por motivos distintos, aliados, esses acontecimentos marcaram fortemente o século XX, tendo seus resultados reverberados no século XXI. Dentre estes, vale ressaltar a Guerra Fria. Em uma disputa marcada por dois blocos, o capitalista e o socialista, foi a partir da Guerra Fria que houve o início da globalização. Esse processo foi fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias e aprimoramentos dos recursos já existentes, uma vez que uma Nova Ordem Mundial foi criada e, com ela, a possibilidade de novas descobertas, acordos e negociações. Além disso, este novo modelo beneficia diferentes possibilidades de comercialização, uma vez que, com o advento da internet e, consequentemente, o impulsionamento dos meios digitais, as empresas trabalham e investem, constantemente, para reinventar os seus modelos de divulgação, prospecção e vendas. Atualmente, alguns exemplos estão se mostrando cada vez mais presentes no nosso cotidiano. É o caso, por exemplo, da Economia de Compartilhamento, na qual há uma reorganização nas relações profissionais, uma vez que há o incentivo na propagação de atividades econômicas que priorizem o compartilhamento, aluguel e troca de produtos. Outro exemplo cabível de ser mencionado é a existência de aplicativos que facilitam as trocas entre produtores e consumidores, pensando, principalmente, na praticidade que estes recursos oferecem. Levando em consideração tudo o que foi abordado anteriormente, percebe-se a importância que a economia exerce na sociedade, uma vez que ela influencia uma grande parcela das esferas sociais. Logo, é possível concluir que, analisando os principais pensadores e acontecimentos, todos são responsáveis, em diferentes graus, pelo cenário que vivenciamos atualmente. Portanto, ao analisarmos a linha do tempo e seus principais marcos, percebemos que um dos principais adjetivos que podem ser atribuídos à economia é o seu caráter transitório. Em uma sociedade pautada, principalmente, pelo dinamismo das relações, os sistemas econômicos corroboram com essa realidade. Isto posto, torna-se imprescindível que a economia seja um objeto de estudo da população, uma vez que é necessário ter conhecimento no que se refere a tomada de decisões, a vida financeira dos indivíduos e seus mecanismos de escolhas.